A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) iniciou abril com a divulgação dos dados das exportações brasileiras de milho no último mês, apontando um volume total de 605,3 mil toneladas contra 1.254,4 mil toneladas embarcadas em fevereiro, mas bem acima das 243 mil toneladas colhidas no mesmo período em 2017.
Março é um mês historicamente fraco, com demanda voltando a crescer internamente e safra de verão, que colhe menos da metade do volume da safrinha, que atende o segundo semestre. O resultado do início do ano passado foi ruim, já que vinha de um mercado muito forte em 2016, com a disparada das cotações. Agora, estávamos com as cotações também em crescimento e com esta queda houve perda de ritmo; na última semana de março quase não se embarcou milho e em abril a tendência também não é de grandes volumes exportados, devendo ficar para o mercado interno praticamente todo o grão desta safra.
Os números divulgados também mostram o acumulado das exportações brasileiras, no primeiro trimestre, em 4.881,2 mil toneladas, com expectativas de embarcar perto de 30 milhões de toneladas até o final do ano. Os negócios para embarques futuros, no entanto, estão parados, sem interesse dos vendedores nos níveis de R$ 35,00 aos R$ 36,00, que estão sendo oferecidos portos, para os meses de agosto a novembro, quando normalmente temos a safrinha abastecendo as exportações.
Assim, o movimento de venda futura ainda é lento, tendo sido negociados pouco mais de 30% da safrinha – que deve ter, no final do próximo mês, sua colheita iniciada nas primeiras áreas – restando mais de 40 milhões de toneladas de milho para negociação.
Fonte: Brandalizze